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20 de abril de 2018

Vereadores continuam em dúvida sobre obras no município

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A presença do secretário de Obras Ciro Dói na Câmara Municipal em audiência pública realizada no dia 12/3 não foi suficiente para esclarecer as dúvidas dos vereadores sobre as obras em andamento no município. Pelo contrário. Afirmação do titular da pasta, por exemplo, sobre o fim das enchentes na Estância Pacaembu provocou protestos e pedido do vereador Edimar do Rosário (PRB), o Pastor Edimar de Jesus, para nova convocação na Câmara.

Na reunião, que contou com a presença do secretário adjunto de Obras Flávio Augusto Ferrari de Senço, Ciro afirmou que os problemas de enchente no bairro estariam resolvidos. Dias depois, um morador do Copaco foi encontrado morto em uma tubulação às margens da rodovia Presidente Dutra (BR 116) justamente na região da Estância Pacaembu. Ele teria sido levado pela correnteza ao tentar atravessar o trecho alagado.

Mesmo depois da explanação detalhada de Flávio de Senço sobre as obras concluídas em 2017, o vereador Rogério Gonçalves Pereira (PSD), o Rogério da Padaria, afirmou: “Parece que é outra cidade. Andamos e não vemos nada disso. Qual o significado da palavra concluída?”, perguntou depois de o secretário incluir na lista a UPA do Barreto e a UBS Pilar. “Pelo jeito concluído não é entregue”, afirmou o parlamentar ao exigir explicações  sobre o término da construção de cinco salas na creche municipal do Parque Rodrigo Barreto onde o Ministério Público, por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado com a Secretaria de Educação, está exigindo a criação de mais 162 vagas.

Flávio de Senço detalhou a situação da UBS da Vila Pilar. De acordo com ele, a construção do almoxarifado (na parte debaixo) não interfere na parte superior e explicou que, no caso da UPA do Barreto, a obra civil está finalizada. “Faltava a empresa apresentar o Auto Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), como estava previsto”, esclareceu. “Qual a real importância do AVCB? 50% dos prédios não possuem AVCB”, disparou  Rogério da Padaria. Aliás, a Comissão de Obras solicitou, por meio de requerimento (nº 1.105/18), informações sobre a situação do AVCB dos prédios municipais. A Prefeitura ainda não enviou resposta.

Mogi-Dutra 

Questionado sobre a duplicação da Rodovia Mogi-Dutra (SP 88), o secretário Ciro Dói defendeu a realização de uma audiência pública. “Estamos mais ou menos por dentro, pois o Estado não aceita interferência”, admitiu. “Uma audiência seria muito válida, pois os técnicos explicariam bem a situação da obra”, complementou.

A duplicação, esperada há décadas por Arujá, ainda causa dúvidas em moradores que vivem em bairros localizados às margens da rodovia. A principal preocupação é o fechamento ou restrição dos acessos. O projeto já sofreu mudanças devido a estas reivindicações, mas as incertezas permanecem.

Diante disso, a Comissão de Obras, presidida pela vereadora Ana Cristina Poli (PR), a Ana Poli, decidiu solicitar uma reunião com representantes do Estado a fim tomar conhecimento efetivo do projeto.

Rodoanel

A construção do trecho Leste do Rodoanel também foi pauta de debates da reunião. O vereador Gabriel dos Santos (PSD) cobrou o cumprimento do TAC, assinado pela empresa SP Mar, no qual constava o compromisso de a empresa reconstruir a unidade de saúde do Jardim Emília. O local foi extremamente afetado pelas obras.

Segundo Ciro, a SP Mar estaria em recuperação judicial, impedindo o andamento do acordo. “Esse assunto somente poderá ser tratado depois de homologado a recuperação judicial da SP Mar”, contou.

O parlamentar também cobrou a recuperação de vias da cidade como a avenida São Lucas na região do Jordanópolis/Arujá e a execução de obras para desvio do trânsito pesado de veículos da área central da cidade.

“A São Lucas será recuperada”, garantiu Flávio. Quanto às ações para melhoria do trânsito na área central, o secretário adjunto informou que os investimentos são muito altos e o município dependerá de aporte financeiro do governo federal. “Isso está dependendo de verba do Ministério do Transporte, pois são obras caras”. O projeto está em fase de elaboração em conjunto com a Secretaria de Serviços.

Sabesp

Mais incisivo, Renato Bispo Caroba (PT) quis saber como a Prefeitura está efetuando a supervisão das obras do coletor-tronco da Sabesp, que permitirá a instalação de redes e o tratamento do esgoto de bairros como Jardim Via Dutra e Jardim Real. Ele também citou a necessidade de construção de redes de águas pluviais nas ruas Natal, Araponga e Suzuki.

“É uma obra de grande vulto. O esgoto produzido aqui será levado para a Estação de Tratamento de São Miguel Paulista. Nosso trecho está pronto. Agora falta autorização para a travessia da tubulação pela Dutra e Mogi-Dutra. Quanto a drenagem estamos fazendo estudos dentro de Plano de Saneamento, conduzido pela Secretaria do Meio Ambiente”, explicou Ciro Dói.

Caroba cobrou uma ação mais efetiva da Prefeitura no que se refere à fiscalização e ao acompanhamento das obras. “Eu, de fato, gostaria de saber que tipo de relação a administração municipal tem com o governo estadual”, criticou.

Nem mesmo o líder do Governo na Casa poupou os gestores. Edvaldo de Oliveira Paula (PSC), o Castelo Alemão enfatizou: “Infelizmente, algumas secretarias estão depondo contra as outras. É preciso observar que vivemos um novo momento, no qual o Poder Legislativo tem feito cobranças. No entanto, percebemos que a Prefeitura não faz o mesmo com as empresas. A sensação é que as obras estão paradas e faltam informações. Algo precisa ser mudado e modernizado”, finalizou.

 

 

 

 

 

 

 

 

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Publicado em 20/04/2018

Fotos: Imprensa/CMA

 



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