22 de maio de 2020
Legislativo acena a comerciantes e maioria defende flexibilização
Legislativo acena a comerciantes e maioria defende flexibilização
Novas vozes deram força ao coro do Legislativo arujaense pró-reabertura do comércio e flexibilização das medidas de isolamento social durante a 138ª Sessão Ordinária, de 18/05.
Pela primeira vez, todos os membros da Mesa Diretora – dentre outros vereadores - fizeram uso da Tribuna para defender o afrouxamento das regras impostas pelos decretos estadual e municipal.
As normas em vigor determinam, entre outras coisas, a suspensão do atendimento presencial em comércios e serviços considerados não essenciais enquanto durar a pandemia.
Os parlamentares argumentam, entre outras coisas, que tais restrições agravam a situação econômica do município, causando falências de empresas e demissões de funcionários, e questionam a eficiência da quarentena para contenção da pandemia, já que os casos de contaminados seguem em ascensão na cidade.
Abaixo, algumas falas feitas durante a Palavra Livre e Explicação Pessoal sobre o tema:
Ana Poli (PL)
“O que está sendo esperado para os pacientes serem medicados com azitromicina e hidroxicloroquina? (...) Por que não aplicar [estes tratamentos] em nosso município? Por que não rever as ações da unidade em que foi instalada na Praça do Coreto [o Centro de Triagem]? (...) Enquanto não tiverem ações efetivas, nada vai ser resolvido. Recurso tem, basta querer adequar esses recursos”.
Dr. Marcelo Oliveira (Republicanos)
“As pessoas estão falindo, temos que reabrir os comércios com educação e organização. (...) Em São José do Rio Preto, cidade com 500 mil habitantes, tem 14 óbitos, enquanto Arujá já registra 13 mortes, e está com o comércio fechado. (...) No Brasil, 90% das famílias não tem condições financeiras de ficarem dentro de casa sem trabalhar”. [atualização: de acordo com a Secretaria de Saúde, o número subiu para 14 óbitos no dia 20/05]
Castelo Alemão (PTB)
“O governador João Doria, um inconsequente, quebra todo o Estado. (...) Você está merecendo um impeachment, prefeito. Não precisamos de prefeito se é o governador quem dita as regras aqui no município. (...) Chegamos a 13 mortos e nossa letalidade é de 8%, sendo que no Brasil a letalidade é de 6,5%. O vírus é mais letal em Arujá, e também é letal a má administração de nossa cidade”.
Pr. Edimar de Jesus (Republicanos)
“Fiz um requerimento pedindo ao prefeito que explicasse os valores que estão sendo dados ao nosso município. Tive a percepção de que o prefeito não está agindo de forma correta em relação à Transparência em nosso município. (...) Eu repudio a ação que estamos adotando em nosso município, estou indignado e junto com nossos comerciantes”.
Paraíba Car (Republicanos)
“É estarrecedor os estados inimigos do governo federal terem tantas mortes por Covid-19. E o motivo: manipulação dos números. (...) O município está quebrado, todos os empresários estão falidos. É uma verdadeira vergonha. (...) Eu quero deixar aqui registrada minha indignação com as manobras feitas pela Prefeitura de Arujá. (...) Tenho certeza que as contas do prefeito José Luiz Monteiro não serão aprovadas nesta Casa de Leis”.
Gabriel dos Santos (PSD)
“Está deplorável a situação de nossa cidade. O comércio quebrou; os óbitos não diminuíram. Quando o governador de SP tomou ciência do coronavírus, ainda assim optou por realizar o carnaval. (...) Agora sobre Arujá, compreendo as agruras da decisão. Mas é preciso achar uma solução. (...) Reabram o comércio! Estou pedindo enquanto vereador”.
Reynaldinho (PTB)
“No que diz respeito a administração pública, é preciso de critério para permitir a reabertura dos comércios, exigindo que adotem todas as medidas necessárias à prevenção do contágio pelo coronavírus. Os bancos atendem em nossa cidade de forma desumana e autoritária e ainda assim têm altos lucros. Os comerciantes também têm seu direito de trabalhar”.
Renato Caroba (PT)
“Governar sempre foi eleger prioridades. Agora ainda mais. Não tenho dúvida alguma das dificuldades de comerciantes e empresários. Agora, o governo federal, para garantir a liquidez dos bancos, repassou mais de um R$ 1 trilhão para o sistema financeiro. Mas quando foi para o povo, queria aprovar um auxílio de R$ 200, só chegou aos R$ 600 graças à oposição no Congresso”.
Paulinho Maiolino (PSD)
"As pessoas que perderam suas vidas nesta pandemia não devem ser tratadas apenas como números, mas sim, como vidas. (...) No entanto, em nome do combate ao coronavírus, de maneira repentina cancelaram retornos médicos, biópsias e cirurgias. É lamentável, pois essas pessoas, especialmente os pacientes com câncer, precisam de continuidade em seu tratamento”.
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Texto: Renan Xavier
Fotos: Imprensa/CMA
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