10 de outubro de 2018
O desolador quadro da Educação arujaense (Parte 6 - Final)
O desolador quadro da Educação arujaense (Parte 6 - Final)
A estrutura física das unidades escolares de Arujá, de modo geral, é precária. Este foi o diagnóstico da Comissão de Educação, Saúde e Assistência Social da Câmara de Arujá após realizar vistorias presenciais em todas as escolas do município entre os meses de julho e setembro. Na última etapa dessas visitas, os vereadores Rogério Gonçalves Pereira (PSD), o Rogério da Padaria, e Luiz Fernando Alves de Almeida (PSDB), Presidente e Vice-Presidente da Comissão, respectivamente, constataram que as unidades mais afastadas do Centro, em bairros rurais ou periféricos, também apresentavam precariedades de manutenção. Nesta etapa, foram vistoriadas escolas dos bairros Morro Grande, Portão, Nova Arujá, Copaco, Jardim Rincão, Limoeiro e Penhinha.
Terminadas as vistorias, agora, a Comissão deve encaminhar o resultado das fiscalizações ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP) para as devidas providências. Será entregue ao órgão um relatório com a descrição dos problemas e a documentação fotográfica. A expectativa é de que o MP, após análise, apresente denúncia ao Judiciário e este, por sua vez, acate a determinação e ordene à Prefeitura de Arujá a realização das reformas necessárias.
Fatec
No Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Fatec, no bairro Morro Grande, os membros do Legislativo constataram problemas de infiltração em diversos pontos da unidade escolar, alguns com diversas goteiras no teto. Na cozinha, a pior situação se deve à pia, cuja altura força os funcionários a se curvarem para lavar a louça. Na parte externa, além das infiltrações e rachaduras nas colunas e beirais do prédio, há poços com tampas de concreto. A existência desses poços é motivo de preocupação, devido ao risco de queda A Direção da unidade faz um monitoramento constante para que crianças não se aproximem do local, mas teme pela segurança.
Rosalina
Na Escola Municipal Dona Rosalina de Almeida Mendes, no bairro do Portão, as condições físicas do prédio são relativamente boas, no entanto, as grades do canal de escoamento de água do pátio encontrava-se quebrado na ocasião da vistoria. No mais, o forro de uma das salas de aula estava bastante comprometido, com buracos visíveis, e um dos banheiros não tinha porta. O azulejo e teto da cozinha apresentava fissuras superficiais.
Copaco
Na EMEF Bairro Chácaras Copaco o cenário é precário nas salas de aula, que contam com diversas infiltrações e forros das salas de aula danificados. Outro problema crônico na estrutura são os azulejos do banheiro, cozinha e dispensa que desprenderam da parede e quebraram. Na quadra, foi construída uma rampa de acesso adaptada para cadeirantes mas, surpreendentemente, não foi feito um portão para acesso à quadra ao final dessa rampa. Ao fundo da unidade, como há uma restrição para edificação de muros devido a restrições ambientais (há um córrego no entorno da unidade), foram instaladas grades, que já estão danificadas. Outro problema é que o esgoto da unidade escolar é despejado justamente no córrego.
Jardim Rincão
Na CMEI Jardim Rincão os problemas ficam por conta de rachaduras e infiltrações. A pintura do prédio está desgastada e devido ao muro baixo da unidade são comuns as invasões, segundo funcionários. Há uma “casa de brinquedos” construída no pátio, porém desativada por questões de segurança. A Direção da unidade já solicitou sua remoção, mas não fora atendida até a data da visita dos vereadores.
Limoeiro
Uma das mais recentes escolas do município, a CMEI Bairro do Limoeiro, inaugurada em 2016, já apresenta pequenas avarias na pintura e descascados nas paredes, a lém de focos de infiltração. O projeto original da unidade também chamou atenção da Comissão de Educação: o chuveiro, por exemplo, é aquecido com fonte de energia solar. Contudo, nas semanas de clima mais frio fica inviável sua utilização, pois a água não atinge a temperatura desejada, segundo os funcionários. Devido à localização, a unidade também atende poucas crianças do entorno. A principal demanda são de alunos do Parque Rodrigo Barreto e Mirante.
Maria de Lourdes
A Escola Municipal Dona Maria de Lourdes Ferreira, na Vila Arujá, apresenta boas condições de modo geral. Com uma estrutura relativamente pequena e baixo número de alunos atendidos, os principais problemas concentram-se no forno do fogão da cozinha, com sinais de ferrugem aparente e na quadra poliesportiva sem cobertura.
Penhinha
Na Escola Municipal da Penhinha, as infiltrações e goteiras tornavam, à época da visita, necessário o uso de baldes espalhados pela unidade. Isso ocorreu tanto no pátio, corredores administrativos e banheiros. O forro do teto das salas de aula apresentava pontos danificados e pequenas infiltrações. Um dos ventiladores não funcionava. Na cozinha, o principal problema consistia na falta de uma tela de proteção nas janelas. Naquela ocasião, um freezer também estava aguardando manutenção.
Izaura
Na Creche Municipal Dona Izaura dos Santos, no bairro Nova Arujá, a Prefeitura de Arujá já está realizando obras no telhado, nas calhas e em parte da instalação elétrica, além de um contrapiso novo em um trecho de 60 metros quadrados nas laterais internas da unidade. A unidade foi contemplada no pacote de reformas as unidades escolares do município. Por esse motivo, os vereadores decidiram fazer uma nova visita ao final das obras para melhor avaliar as condições atuais da unidade.
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Texto: Renan Xavier
Fotos: Imprensa/CMA
10/10/2018
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