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14 de agosto de 2018

O desolador retrato da Educação arujaense (Parte 1: Mirante)

O desolador retrato da Educação arujaense (Parte 1: Mirante)

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Os estudantes arujaenses se deparam diariamente com cenários de degradação e abandono nas escolas municipais que frequentam. É o que a Comissão Permanente de Educação, Saúde e Assistência Social da Câmara tem constatado em uma série de vistorias nas unidades que compõem a rede municipal de ensino. O relatório final dessas inspeções, que pretende listar eventuais problemas nas instalações físicas e no quadro de profissionais, será encaminhado ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP) para as devidas providências.

A comitiva, composta pelos vereadores Rogério Gonçalves Pereira (PSD), o Rogério da Padaria, Luiz Fernando Alves de Almeida (PSDB), respectivamente presidente e vice da Comissão, além de suas assessorias, iniciou os trabalhos de fiscalização no final de julho com visitas às escolas da região do Mirante. Até a data de publicação desta matéria a Comissão já havia percorrido 25 das 38 unidades.

Na tribuna, durante a 46ª Sessão Ordinária (8/8), ambos os parlamentares ressaltaram as condições precárias dos prédios da Educação arujaense e criticaram a falta de estagiários para acompanhamento de crianças com deficiência – situação constatada em toda a rede municipal de ensino.

 

VISTORIAS NO MIRANTE

Montibeller

No Mirante, a unidade escolar que mais preocupou os parlamentares no quesito estrutura física foi a EM Padre Geraldo Montibeller, que atende 444 alunos. O prédio apresenta diversas rachaduras no piso, paredes e teto. As infiltrações são diversas, principalmente nas salas de aula. Muitas portas de banheiro estão danificadas ou foram removidas. No pátio/refeitório, há telhas de acrílico quebradas ou que foram totalmente arrancadas pelo vento. Quando chove, o local alaga.

Funcionários mais antigos salientam que o muro de arrimo que cerca a escola já caiu mais de uma vez e receiam que outras áreas do prédio público corram o mesmo risco. É nítida a fissura que se estende do teto do corredor, no piso superior da unidade, percorrendo a sala de informática. O problema é ainda mais visível da parte externa, de onde se vê uma grande rachadura no beiral do teto. Os servidores relatam o temor diário de uma tragédia.

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Márcia Poli

No Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Márcia Poli a principal dificuldade enfrentada é o déficit de profissionais destinados à educação inclusiva. Na ocasião da vistoria, a escola necessitava de, pelo menos, nove estagiários para atendimento a crianças com deficiência. Segundo reportado posteriormente à Comissão, duas estagiárias que já atuam na unidade aceitaram dobrar seus horários em um acordo com a Secretaria de Educação a fim de reduzir o impacto da falta de funcionários. Uma situação paliativa que está longe de resolver o problema.

A unidade também apresenta algumas infiltrações e carece de adaptação à faixa etária dos alunos nas bancadas do refeitório e nos vasos sanitários de alguns banheiros. Contudo, a situação mais problemática é a da área de recreação externa. Lá existem apenas dois brinquedos: um deles não é apropriado para a idade das crianças atendidas (4 meses a 3 anos de idade) e precisou de remendos para se tornar utilizável. O outro - um balanço - está com uma das cadeirinhas interditadas. Integrada a este espaço ainda há um terreno com chão irregular, o que traz sérios riscos de quedas,  grama alta, poças de água quando chove e presença constante de ratos.

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Milton Barbosa

Se na creche Márcia Poli faltam brinquedos, na EM Milton Barbosa o equipamento até existe, mas não é possível chegar até ele. O único brinquedo da unidade, que atende apenas 44 crianças, está em estado de abandono há meses, pois embora a Prefeitura tenha encaminhado o equipamento para o local, não viabilizou seu acesso. “Falta de planejamento e zelo com a coisa pública”, pontuou Luiz Fernando.

A unidade ainda teve de adaptar banheiros para receber os objetos inservíveis, apresenta algumas rachaduras no piso, ventiladores sem uso aguardando instalação e azulejos quebrados na cozinha, além de infiltrações.

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Zilda Arns Neumann

Na EM Dra. Zilda Arns Neumann, além dos muitos pontos de infiltração, são recorrentes os casos de invasão da quadra e consequente depredação do que seria o vestuário. O local, conforme alertam os funcionários, tornou-se reduto de usuários de drogas e vândalos.

A unidade também padece de infestação de pombos, especialmente na quadra, onde foram instaladas telas – já danificadas e carecendo de reparos. A antiga caixa d’água, já desabilitada, ainda apresenta vazamentos. Ventiladores precisam de manutenção e a acessibilidade do prédio é prejudicada pela falta de uma rampa no portão de atendimento administrativo.

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EMEIA XII

Na Emeia XII o cenário constatado pelos vereadores não era melhor que nas outras unidades da região. Acompanhados da vereadora Cristiane Araújo Pedro (PSD), a Profª Cris do Barreto, os membros da Comissão de Educação observaram os pisos quebrados nas salas administrativas, salas de aula e cozinha do prédio. Ainda nas salas de aula havia infiltrações e forros do teto danificados, bem como pisos trincados, causa recorrente de acidentes entre os estudantes.

 

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Texto: Renan Xavier

Fotos: Imprensa/CMA

Publicado em 14/08/2018



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