*Jéssica Lima 

O aumento brusco de temperaturas, não somente em decorrência do verão, mas também por fenômenos climáticos, como o El Niño, por exemplo, intensifica a necessidade da conscientização popular a respeito do câncer de pele - segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o tumor maligno de maior incidência no país, especialmente nas regiões Sul e Sudeste.

Foi em atenção a essa questão que a Câmara Municipal, em dezembro de 2023, mês de conscientização sobre o câncer de pele, mais conhecido como Dezembro Laranja, sediou uma palestra de prevenção à doença.

Organizada pelo vereador Paulinho Maiolino (PSD), um dos autores da Lei que institui o Dezembro Laranja no município, a palestra foi ministrada em 13/12 pela dermatologista Gabriela Caparelli e pela psicóloga Katy Livia.

Maiolino iniciou o evento salientando sua preocupação em relação às altas temperaturas e ao aumento percentual dos índices de câncer de pele no país. O parlamentar destacou ainda a importância do diagnóstico precoce da doença relembrando, inclusive, a perda de um parente para o câncer de pele, já descoberto em estágio avançado.

“A saúde começa na prevenção. É por isso que, nessa noite, eu trago essa palestra de conscientização para vocês”, arrematou.

Já a dermatologista Gabriela Caparelli começou a palestra explicando os malefícios que a exposição aos raios UVA e UVB podem causar à pele e a diferença entre um câncer do tipo carcinoma e melanoma. Segundo Caparelli, o carcinoma de pele – que é o tipo de câncer de pele mais comum e com mais chances de cura (cerca de 70% dos casos) – pode aparecer de diversas formas: através de espinhas ou feridas que demoram até quatro semanas para cicatrizar, ou, até mesmo, de uma pinta que muda de tamanho, forma ou cor. Já o câncer de pele do tipo melanoma aparece através dos mesmos sintomas, porém, é bem mais raro – representando cerca de 4% dos diagnósticos - e possui uma taxa de mortalidade mais alta.

Finalizando sua fala, a dermatologista reforçou o uso de protetor solar como um dos principais meios de prevenção ao câncer de pele, acrescentando ainda que para uma proteção efetiva o produto deve ser reutilizado, pelo menos, a cada quatro horas quando há exposição a luz solar.

Katy Livia, neuropsicóloga, abriu sua apresentação trazendo dados que alinham a importância do cuidado psicológico com o enfrentamento da doença. Segundo ela, aproximadamente 1/3 dos pacientes que recebem o diagnóstico de câncer de pele, ou de qualquer outro tipo, desenvolvem algum problema de saúde mental, como a depressão, por exemplo.

Analisando esse dado, a psicóloga pontuou a necessidade de uma rede de apoio familiar e o acompanhamento psicológico como caminhos possíveis para a melhora desses pacientes.                      

O evento pode ser assistido na íntegra através do canal do Legislativo no Youtube, clicando aqui.

* Jéssica Lima é estagiária de Jornalismo do Departamento de Imprensa da CMA