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14 setembro 2018

Sem previsão de impacto orçamentário, projeto de IPTU Verde tem votação adiada

Sem previsão de impacto orçamentário, projeto de IPTU Verde tem votação adiada


Após entrar para 1ª discussão da Sessão Ordinária de 12/09, o projeto de Lei nº 144/2018, que autoriza o Poder Executivo a conceder desconto no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) pelo uso de tecnologias ambientais e sustentáveis, teve sua votação adiada devido a um pedido de vistas formulado por Renato Bispo Caroba (PT) e aprovado pelo Plenário. A propositura tramita na Casa desde 4/5.

Em síntese, a proposta estabelece critérios para a concessão de descontos de 3% a 5% no IPTU de acordo com a ação ambiental adotada pelo proprietário do imóvel, dentre as quais, instalação de sistema de captação e reuso de água pluvial, sistemas de aquecimento solar e material sustentável de construção. O artigo 2º do PL 144/2018 autoriza o Poder Executivo “a conceder desconto no valor do IPTU” de acordo com os parâmetros estabelecidos.

No entanto, como tem possível impacto na arrecadação do município, a propositura de autoria da vereadora Cristiane Araújo Pedro (PSD), a Profª Cris do Barreto, foi alvo de ressalvas. Parte dos vereadores apontaram a ausência de um estudo detalhando o impacto financeiro ou medidas de compensação, motivos pelos quais votariam pela reprovação da propositura ou se absteriam.

Impacto orçamentário

O primeiro a manifestar contrariedade à sua aprovação foi o vereador Luiz Fernando Alves de Almeida (PSDB). “Na qualidade de relator da Comissão de Finanças e Orçamento quero dizer que, infelizmente, o projeto não veio acompanhado das medidas compensatórias. Portanto, meu voto será contrário”, antecipou-se.

Na sequência, Gabriel dos Santos (PSD), colega de bancada da autora da propositura, declarou que iria se abster da votação pois o PL prevê renúncia fiscal e, na sua opinião, deveria ter sido formulado como um anteprojeto de Lei.

Edvaldo de Oliveira Paula (PSC), o Castelo Alemão, salientou o momento de “queda de arrecadação” no município e expressou preocupação de que o Executivo aderisse ao desconto no IPTU. “Se abrirmos mão de receita, como iremos fechar as contas?” questionou.

Ana Poli (PR) declarou que a proposta “esbarra na renúncia de receita” e que o PL não prevê uma compensação orçamentária, anunciando que se absteria na deliberação.

O vereador do PRB Edimar do Rosário, o Pastor Edimar de Jesus, por sua vez, argumentou que o projeto em discussão deveria ser de iniciativa do Executivo e que, no mês passado, a sua autora, a Profª Cris do Barreto, votou contra um projeto seu da mesma natureza.

Para a autora, contudo, o benefício tributário estimularia ações de preservação do Meio Ambiente. “Este Projeto de Lei, se implementado, vai melhorar a qualidade de vida dos nossos munícipes a medida que revitalizará áreas verdes”, argumentou a Profª Cris do Barreto.

Pedido de vistas

Após as ressalvas ao projeto de Lei, o pedido de vistas foi aprovado.

Na discussão da solicitação feita por Caroba, o vereador Sebastião Vieira de Lira (PSDC), o Paraíba Car, anunciou que rejeitaria o apelo por vistas e cobrou “mais coerência” das Comissões na análise das proposituras de natureza autorizativas. Segundo ele, a aprovação das mesmas pela Câmara resultava, na maioria dos casos, na impetração de Ações Diretas de Inconstitucionalidade (Adins), desgastando o trabalho Legislativo. “Não adianta o vereador ter mil projetos autorizando e o Executivo não fazer nada. Esse projeto nem deveria ter vindo a Plenário”, disse.

Na sequência, declarando apoio ao pedido de vistas, Rogério Gonçalves Pereira (PSD), o Rogério da Padaria, salientou a importância do projeto para o município, mas reconheceu a necessidade de uma melhor análise considerando o momento financeiro pelo qual passa Arujá.

Os vereadores Reynaldo Gregório Junior (PTB), o Reynaldinho, Castelo Alemão e Paraíba Car votaram contra a concessão de vistas; Edval Barbosa Paz, o Profº Edval, absteve-se. Os demais parlamentares - à exceção do Presidente que não tem obrigação de voto - foram favoráveis.

Tramitação

O parecer da Secretaria Jurídica exarado em 28/05 admitiu que a normatização de matéria tributária por projeto de Lei iniciado no Poder Legislativo é legítima, desde que não resulte em redução das receitas previstas pelo orçamento. Por isso, de acordo com o documento, seria recomendável o apontamento de ações compensatórias juntamente com um demonstrativo do impacto financeiro “sob pena de causar desequilíbrio às contas municipais e colocar em risco os serviços públicos que são custeados com a receita anual”. Respeitadas essas observações, o parecer concluiu que não havia impedimentos legais à tramitação do PL.

O projeto ainda recebeu pareceres favoráveis das Comissões de Justiça e Redação, cujo relator é Renato Caroba, Obras, Serviços Públicos, Planejamento e Meio Ambiente e Finanças e Orçamento. No caso desta última, Gabriel foi nomeado relator especial – no lugar de Luiz Fernando – e emitiu parecer favorável.

 

Câmara Municipal de Arujá

Assessoria de Comunicação

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Texto: Renan Xavier

Fotos: Imprensa/CMA

14/09/2018




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